SOL

Taxas e Indexantes: tome decisões informadas

15.12.2025
CEO Maxfinance Portugal, em fundo azul com logotipo e nome por baixo do logotipo

Em Portugal, fala-se tanto de crédito à habitação que é muito fácil achar-se que o tema é simples e que qualquer busca online nos prepara para a sua contratação. Mas isso não é verdade. E a maior prova disso é que milhares de famílias continuam a assumir empréstimos sem compreender verdadeiramente o que está por trás da prestação que pagam todos os meses ao banco. O primeiro “pormenor” que muitos ignoram é, na verdade, o maior determinante do custo do crédito: o indexante.

A Euribor, sobre a qual ouvimos falar diariamente nas notícias, é muito mais do que um indicador financeiro abstrato. É ela que dita, em grande parte, o valor da sua prestação. Sobe a Euribor, sobe a prestação. Desce a Euribor, o orçamento familiar fica mais leve. Esta volatilidade, porém, não é um detalhe: é o risco que está associado ao seu crédito e que pode ou não deixá-lo mais ou menos tranquilo a determinado momento.

Depois, há a escolha da taxa. A taxa variável, que foi em tempos a mais comum em Portugal, e que conquistava as famílias em momentos da Euribor baixa, mas que traz incertezas que tantas vezes são subestimadas. A taxa fixa, por outro lado, oferece previsibilidade, mas nem todos estão dispostos a pagar mais por essa segurança. E no meio surge a taxa mista, uma solução híbrida que é cada vez mais procurada pelos portugueses e que combina segurança e flexibilidade - durante os primeiros anos, o cliente beneficia de uma taxa fixa, garantindo estabilidade e proteção contra eventuais aumentos imediatos dos juros; num segundo momento, o contrato transita para uma taxa variável, permitindo captar potenciais vantagens caso a Euribor desça. 

O problema é que muitas vezes estas decisões continuam a ser tomadas sem educação financeira suficiente e, muitas vezes, sem acompanhamento especializado. Num mercado tão instável, escolher a taxa errada pode significar anos de dores de cabeça no orçamento familiar.

Por isso é que nenhum consumidor deve tomar decisões tão relevantes sem simular cenários, compreender o seu perfil de risco e ser orientado por um intermediário de crédito certificado.
Afinal, no crédito à habitação, não basta escolher uma casa. É preciso escolher bem o contrato que a financia. 

Francisco Ferreira Lima, CEO Maxfinance Portugal

Publicado no jornal Sol

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